Comunidade Santo Daime Manaus
Este espaço é extensão da comunidade orkutiana Santo Daime * Manaus e propõe-se a troca de informações, experiências entre os adeptos da doutrina Santo Daime, ayahusqueiros e simpatizantes em geral desta santa bebida de tradição milenar.
Seja bem-vindo! Seja bem-vinda!
Seguidores
Pesquisar este blog
quarta-feira, 21 de março de 2012
terça-feira, 13 de março de 2012
Hinário de São José
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Mensagem Reflexão
Quando a alma mergulhar na carne repleta de vibrações, desejou transmitir toda a musicalidade que conduzia virgem, e para que o tumulto do ambiente não lhe perturbasse a evocação, perdeu, paulatinamente os registros auditivos para somente escutar nas telas da mente os acordes sublimes da natureza e de Deus - e Beethowen ficou surdo.
Para expressar a melancolia suave e a pungente saudade de algo que não se pode identificar, Chopin experimentou a amargura do coração perdido entre desejos e decepções.
Destinado a ferir as cordas da emoção e tangê-las com habilidade, o espírito retornou ao palco de antigas lutas para defrontar-se com inimigos acirrados e vencê-los através da autodoação, enchendo a Terra de musicalidade superior.
Inquieto, todavia, fraquejando sem cessar Schumann deixou-se arrastar pela caudal da obsessão, conquanto fizesse incomparável legado, através do Lied e das nobres melodias para piano.
Oh! dor bendita e libertadora de escravo, discreta, amiga dos orgulhosos, irmã dos santos, mensageira da verdade, tantos necessitamos do teu concurso, que se nos afiguras um anjo caído,
a serviço da misericórdia para sustentar-nos na luta redentora!
Ensina-nos a descobrir a rota da humildade para avançarmos com acerto. A dor é mensageira da esperança que após a crucificação do Justo vem ensinando como se pode avançar com segurança.
Recebamo-la, pacientes, sejam quais forem as circunstâncias em que a defrontemos, nesta hora de significativas transformações para o nosso espírito em labor de sublimação.
O sofrimento de qualquer natureza, quando aceito com resignação e toda aflição atual possui as suas nascentes nos atos pretéritos do espírito rebelde, propicia renovação interior com amplas possibilidades de progresso, fator preponderante de felicidade.
A dor faculta o desgaste das imperfeições, propiciando o descobrimento dos valiosos recursos, inexauríveis, aliás, do ser.
Após a lapidação fulgura a gema.
Burilada a aresta ajusta-se a engrenagem.
Trabalhado, o metal converte-se em utilidade.
Sublimado pelo sofrimento reparador o espírito liberta-se.
"de tal modo brilhe a vossa luz diante dos homens, para
que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem o
Fonte: Capturei em um site espiritualista
Aniversário pad.Nel
Convite p/ Encontro Céu do Mapiá
A comunidade Céu do Mapiá, através dos seus anciãos e anciãs, membros, moradores e simpatizantes, com o apoio as diversas instituições religiosas, caritativas e organizações sociais que trabalham no seu interior, estão promovendo o Encontro pela Unidade.
Nossa tradição religiosa professa a Doutrina do Santo Daime e incorpora em seu ideário o ecletismo espiritual, o ecumenismo e o diálogo inter-religioso. Portanto,desejamos neste encontro, unir toda a nossa família, juntamente com outras Tradições que queiram se juntar a esta iniciativa, para firmar uma corrente de meditação, cânticos e preces pela cura do nosso planeta e pela paz no mundo.
Estaremos unidos desde o coração da floresta amazônica, entre os dias 1 e 11 de novembro de 2011 com esta finalidade.
Acreditamos que toda a força e a energia que conseguiremos gerar e irradiar no nosso Encontro se somará àquelas geradas por milhões de buscadores espirituais em diversos rincões da Terra, unindo nossas vibrações e abrindo os portais da nossa consciência para o grande poder de transformação e purificação previsto a partir do ano de 2012.
Durante os dias do nosso Encontro, no aconchego da nossa mãe Terra- aqui representada pela Rainha da Floresta, padroeira da nossa Doutrina- esperamos receber as bençãos do Grande Espírito através dos nossos guias, mentores e mestres espirituais. Meditaremos, rezaremos e cantaremos para que eles guiem nossa compreensão e nossas visões para a construção deste novo tempo, nova vida, novo mundo e novo sistema que todos desejamos.
Consideramos que o EU- Encontro pela Unidade continuará pelo nosso Festival de Dezembro. Nesta medida, está havendo desde já uma grande mobilização de todos os setores da nossa comunidade para dar conta da sua organização. Esperamos com isto estar melhor preparados para acolher o afluxo de irmãos e peregrinos das demais linhas espirituais irmanadas conosco neste projeto e que continuarão nos visitando no decorrer de todo o ano de 2012.
Em breve estaremos disponibilizando mais informações para aqueles que desejem participar do evento e /ou apoiá-lo da forma que for possível.
Comissão Organizadora do Encontro.
Contato
Qualquer dúvida entre em contato conosco pelo nosso e-mail: contato@encontropelaunidade.com.br
Ou para tirar dúvidas sobre como chegar ao Mapiá utilize o e-mail da Floresta Viagens (contato@florestaviagens.com.br)
Tel:+ 55 (68) 3223-1411 / 8407-5328
Ensinamento deixado pelo Mestre Irineu
Um chamado que é da linha do hinário, é o Tucum. Esse é um chamado também, o Tucum. Por exemplo: a pessoa está mal de vida, está mal assistida, e não está se sentindo bem. Pode fazer um trabalho com ele. Tucum é o nome de um caboclo. É uma entidade de muita força, de muito poder. Você reza três Pai Nosso até onde diz: Livrai-nos, Senhor, de todo o mal.
Aí, pede licença ao Mestre Juramidã para chamar o senhor Tucum. Chama três vezes, repete três vezes seguidas e fecha com a Salve Rainha. Depois dessa Salve Rainha, você faz os seus oferecimentos. Oferece ao Mestre e a sempre virgem Maria aquelas preces que foram rezadas naquele momento e ao senhor Tucum, para ele ajudar.
Se não é o senhor, é fulano, é cicrano ou beltrano, também o senhor peça em nome dessas pessoas que estão necessitadas para nas dar conforto, nos proteger e nos livrar de todo o mal para pudermos seguir na linha, livre de todas perturbações.segunda-feira, 1 de agosto de 2011
sábado, 2 de julho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
Sejam Bem Vindos...Bem VIndas
sábado, 25 de junho de 2011
Igreja Rainha da Floresta
terça-feira, 21 de junho de 2011
São João
Veja o que dizem sobre ele:
"João Batista foi um pregador judeu, do início do século I, citado pelo historiador Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia.
Segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João Baptista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel (ou Elizabete), prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e considerado pelos cristãos como o precursor do prometido Messias, Jesus Cristo. Baptizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o baptismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adoptados pelo cristianismo.
Pessoalmente para João, o batismo de Jesus terá sido o seu auge experiencial. João terá ficado admirado por Jesus se ter proposto para o baptismo. Esta experiência motivou a sua fé e o seu ministério adiante.
João batizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento é resumida, mas denota alguns fatores fundamentais no sentimento da experiência de João. Nesta altura João encontrava-se no auge das suas pregações Teria já entre 25 a 30 discípulos e batizava judeus e gentios arrependidos. Neste tempo os judeus acreditavam que Deus castigava não só os iníquos, mas as suas gerações descendentes. Eles acreditavam que apenas um judeu poderia ser o culpado do castigo de toda a nação. O baptismo para muitos dos judeus não era o resultado de um arrependimento pessoal. O trabalho de João progredia.
Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João batizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado no qual ponho toda a minha complascência”. Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas religiosas.
Prisão e morte
O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26 d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata e depois foi queimado em uma fogueira numa das festas palacianas de Herodes.
Outras religiões
Espiritismo (Allan Kardec)Para os Espíritas Kardecistas é evidente que Elias Reencarnou como João Batista na passagem Bíblica: (S. Mateus 17: 10 a 13) (Apos a transfiguração.) E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas; Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem. Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista.
Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.
Umbanda: Para os Umbandistas, no sincretismo religioso, São João refere-se ao Orixá Xangô"
Agradecemos a Rádio Toques de Aruanda pelo material.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
História da Ayahuasca (parte 1)
Primeiro Bardo
Oh, amigo
O tempo caminha em direcção a ti para te levar a novos planos de realidade.
O teu ego e teu nome estão em jogo de acabar.
Estás pondo-te em frente da Luz Clara.
Tu estás experimentando esta realidade.
No estado de liberdade do ego onde todas as coisas são como um céu vazio sem nuvens.
E o intelecto nu e limpo é como um enxerto vazio.
Neste momento conhece por ti mesmo e habita neste estado.
O que é chamado morte do ego está vindo para ti.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Novo Tópico para Estudo
Plantas da Linha de Ogum
losna-(arthemmísia-Absinto)
comigo-ninguém-pode,
terça-feira, 12 de abril de 2011
Sabedoria, 1
1. | Amai a justiça, vós que governais a terra, tende para com o Senhor sentimentos perfeitos, e procurai-o na simplicidade do coração, | |
2. | porque ele é encontrado pelos que o não tentam, e se revela aos que não lhe recusam sua confiança; | |
3. | com efeito, os pensamentos tortuosos afastam de Deus, e o seu poder, posto à prova, triunfa dos insensatos. | |
4. | A Sabedoria não entrará na alma perversa, nem habitará no corpo sujeito ao pecado; | |
5. | o Espírito Santo educador (das almas) fugirá da perfídia, afastar-se-á dos pensamentos insensatos, e a iniqüidade que sobrevém o repelirá. | |
6. | Sim, a Sabedoria é um espírito que ama os homens, mas não deixará sem castigo o blasfemador pelo crime de seus lábios, porque Deus lhe sonda os rins, penetra até o fundo de seu coração, e ouve as suas palavras. | |
7. | Com efeito, o Espírito do Senhor enche o universo, e ele, que tem unidas todas as coisas, ouve toda voz. | |
8. | Aquele que profere uma linguagem iníqua, não pode fugir dele, e a Justiça vingadora não o deixará escapar; | |
9. | pois os próprios desígnios do ímpio serão cuidadosamente examinados; o som de suas palavras chegará até o Senhor, que lhe imporá o castigo pelos seus pecados. | |
10. | É, com efeito, um ouvido cioso, que tudo ouve: nem a menor murmuração lhe passa despercebida. | |
11. | Acautelai-vos, pois, de queixar-vos inutilmente, evitai que vossa língua se entregue à crítica, porque até mesmo uma palavra secreta não ficará sem castigo, e a boca que acusa com injustiça arrasta a alma à morte. | |
12. | Não procureis a morte por uma vida desregrada, não sejais o próprio artífice de vossa perda. | |
13. | Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma. | |
14. | Ele criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação. Nelas nenhum princípio é funesto, e a morte não é a rainha da terra, | |
15. | porque a justiça é imortal. | |
16. | Mas, (a morte), os ímpios a chamam com o gesto e a voz. Crendo-a amiga, consomem-se de desejos, e fazem aliança com ela; de fato, eles merecem ser sua presa. |
Bíblia Ave Maria - Todos os direitos reservados
Fonte: http://www.bibliacatolica.com.br/01/27/1.php#ixzz1JItOnIuh
Livro da Sabedoria
O Livro da Sabedoria (ou Sabedoria de Salomão) é um dos livros deuterocanônicos da Bíblia.[1][2]
Possui 19 capítulos. É normalmente atribuído a Salomão, porém estudos indicam que foi escrito por
um judeu de Alexandria.
Segundo tais estudos, seu autor foi um judeu de Alexandria que escreveu o livro nos últimos
decênios do séc I AC, foi o último livro do Antigo Testamento a ser escrito, sendo, portanto,
fictícia a atribuição
Alexandria era um importante centro político e cultural grego, e contava com
cerca de 200.000 judeus
entre seus habitantes. A cultura grega, com suas filosofias, costumes e cultos religiosos,
além da hostilidade que,
às vezes,
incluía perseguição aberta, constituíam uma ameaça constante à fé e à cultura do povo judaico que
habitava
no Egito. Para não serem marginalizados da sociedade, muitos deixavam os costumes e até mesmo a fé,
perdendo a própria identidade para se conformar a uma sociedade idólatra e injusta[4].
O autor, profundamente alimentado pelas Escrituras e pela consciência histórica do seu povo,
enfrenta a situação, escrevendo um livro que procura de todos os modos reforçar a fé e ativar a esperança,
relembrando o patrimônio histórico-religioso dos antepassados. Ele ensina a verdadeira sabedoria que
conduz a uma vida justa e à felicidade. Não se trata da cultura que se conquista pelo pensamento,
mas da sabedoria que vem de Deus, opondo-se à idolatria e à vida injusta que nasce dela.
Esta sabedoria divina guiou magistralmente a história do povo de Deus, revelando que a verdadeira felicidade
pertence aos amigos de Deus. Em outras palavras, o autor quer mostrar que a sabedoria ou senso
de realização da vida não é apenas um fruto do esforço do homem, mas é em primeiro lugar um dom
que Deus concede gratuitamente aos seus aliados[4].
O livro todo poderia ser resumido em 1,15: A justiça é imortal. De fato, o autor identifica a sabedoria
com a justiça e, depois de mostrar que ela é o guia da vida (1,16-5,23) e apresentar a sua natureza (6,1-9,18),
faz uma longa meditação sobre o êxodo (10,1-19,21). No êxodo, Israel descobriu a justiça de Deus,
a qual comunica ao povo a verdadeira sabedoria. Doravante, toda sabedoria implica exercício da justiça,
e este, se for verdadeiro, produz a libertação[4].
O livro pode ser dividido em três grandes seções[5]:
- O destino humano segundo Deus (caps. 1 a 5);
- Elogio à Sabedoria (6:1-11:3);
- Meditação sobre o Êxodo (11:4-19:22).
Referências
- ↑ Echegary, J. González et ali. A Bíblia e seu contexto (em português). 2 ed. São Paulo:
- Edições Ave Maria, 2000. 1133 p. 2 vol. ISBN 9788527603478
- ↑ Pearlman, Myer. Através da Bíblia: Livro por Livro (em português). 23 ed. São Paulo:
- Editora Vida, 2006. 439 p. ISBN 9788573671346
- ↑ Bíblia de Jerusalém, Nova Edição Revista e Ampliada, Ed. de 2002, 3ª Impressão (2004),
- Ed. Paulus, São Paulo, pp 1.103-1.104
- ↑ a b c d Sabedoria, Edição Pastoral da Bíblia, acessado em 08 de agosto de 2010
- ↑ Tradução Ecumênica da Bíblia, Ed. Loyola, São Paulo, 1994, pp 1.681-1.682
domingo, 10 de abril de 2011
Defesa da Ayahuasca como Patrimonio Imaterial da Cultura Brasileira
yahuasca: Patrimônio da Humanidade
Perpétua Almeida - Blog do Altino Machado
Nessa vasta diversidade cultural, que é influenciada pelos costumes indígenas e pelas crenças trazidas pelos que chegaram para morar na Amazônia, nasce uma religião tipicamente brasileira. Falo do daime, ayahuasca, chá, vegetal. Dentre outras, são estes os nomes dados à união de duas plantas oriundas da floresta que num processo de infusão das folhas da Psychotria Viridis – rainha ou chacrona (um arbusto) e da Banisteriopsis Caapi – mariri ou jagube (um cipó) surge um chá que é usado em rituais culturais e religiosos. Temos ainda que considerar o uso milenar pelos indígenas nos seus rituais específicos, que vêm dos povos pré-colombianos da América do Sul. Mas é no contexto urbano, há cerca de 40 anos, que a expansão chegou a diversas cidades brasileiras e até no exterior.
O Conselho Nacional Anti-Drogas, publicou em novembro de 2006 um relatório produzido por um grupo interdisciplinar onde se fizeram presentes representantes das três linhas originárias: O Alto Santo – criado pelo Mestre Raimundo Irineu Serra e aqui não abro um parêntese, mas meu coração para registrar o profundo respeito e carinho pela Madrinha Peregrina; a Barquinha – pelo Mestre Daniel Pereira Mattos, através do qual manifesto também a grande consideração por Francisco Araújo; e o Centro Espírita Beneficente União do Vegetal pelo Mestre José Gabriel da Costa, segmento com o qual tenho profundas ligações emocionais através dos meus padrinhos de batismo Sr. Gaim e dona Amaríades que pertencem a União do Vegetal, e, que foram fundamentais no meu processo de construção como ser humano ensinando-me através de seu exemplo a convivência pacífica, democrática e engrandecedora com outras religiões. Destas três linhas, a União do Vegetal se origina em Rondônia e as demais no Acre.
O relatório, de um órgão ligado diretamente à Presidência da República, reitera a liberdade do uso religioso da ayahuasca, considerando a inviolabilidade de consciência e de crença, além da garantia de proteção do Estado às manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, com base na Constituição Federal. Aponta ainda que a liberdade religiosa e o poder familiar devem servir à paz social, à qual se submete a autonomia individual.
Há ainda os que confundem a bebida com droga, por conta das reações percebidas por cada pessoa. Pesquisas científicas nas modalidades da farmacologia, pscicologia, antropologia, direito, química, dentre outras áreas acadêmicas, apontam para a comprovação que o governo brasileiro já publicou: o chá não é droga.
No início de 2007 fizemos uma primeira reunião com um grupo de pessoas, com a proposta de garantir que o uso religioso do chá fosse reconhecido como patrimônio imaterial da cultura brasileira.
Estudamos, pesquisamos, pedimos auxílio. Não tivemos pressa, mas também não esmorecemos. Preferimos não dar publicidade na mídia, porque essa não é uma bandeira política, é uma questão de reconhecimento e reflexão. Coloquei meu mandato à disposição e estamos chegando a um momento importante. Conseguimos excelentes contribuições de vários intelectuais, entre eles, Jair Facundes, Toinho Alves, Edson Lodi e do historiador Marcus Vinícius e toda a equipe da Fundação Garibaldi Brasil.
A atual legislação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional prevê que o reconhecimento deve ser dado à uma prática, uma representação social, à conhecimentos e técnicas que as comunidades ou grupos reconhecem como parte integrante da cultura, que seja transmitido de geração em geração e tenha sua interação com a natureza. Chegamos a conclusões e começamos a dar os encaminhamentos.
Estávamos marcando uma ida para Brasília, para fazermos no Ministério da Cultura, no IPHAN e no Congresso Nacional um grande ato. Mas os mistérios e as oportunidades se apresentam, como se orquestradas por um Grande Maestro. Nada mais importante e sublime que a simplicidade da nossa terra, dos nossos ares. Chegou a oportunidade.
O ministro Giberto Gil vem no Acre amanhã. Além de cumprir uma importante agenda com o nosso governador Binho Marques, conseguimos um espaço pra que ele receba um documento assinado pelos representantes das três linhas originárias. Um documento simples, sem pretensões acadêmicas, mas que traz no seu seio algo sublime e bonito de se ver: que o governo brasileiro reconheça essa cultura, essa manifestação religiosa que tem na sua matriz a floresta amazônica.
◙ Perpétua Almeida (PC do B) é deputado pelo PC do B. Ela e entidades entregarão ao ministro Gilberto Gil, em solenidade no Centro de Iluminação Cristã Luz Universal – Alto Santo, um documento que solicita o reconhecimento pelo governo brasileiro.